Fahrenheit 451 - Ray Bradbury
- Gabi Nicolau
- 15 de dez. de 2015
- 2 min de leitura

Autor: Ray Bradbury
Editora: Globo
Páginas: 216
Ano da publicação: 2015 (primeira edição 1953)
Personagem principal: Guy Montag
Personagens secundários: Faber, Mildred, Clarisse, Capitão Beatty, Granger, Sabujo
Um governo totalitário, num futuro incerto, que proíbe os livros por temer que o povo, instruído, se rebele. Guy Montag, o herói da narrativa, é um bombeiro. Porém, num mundo em que ter ideias próprias é considerado crime, seu papel não é o de apagar incêndios, mas o de criá-los: todo e qualquer livro deve ser queimado. É nesse contexto que Montag vai aceitar o risco de enfrentar o sistema e cada vez mais se envolver com o perigoso e fascinante universo da leitura.
Fui apresentada a esse livro através de um trabalho, que consistia em fotografar trechos -, e adorei a história. Confesso que não vi o filme – ainda -, mas o livro em si já é ótimo.
Montag faz parte do corpo de bombeiros que, incrivelmente, incendeia coisas – especificamente livros. Ele vive em uma sociedade alienada, em que todos temem ler ou até mesmo possuir um livro em casa, pois sua casa pode ser incendiada, e a pessoa presa.
Cansado da vida superficial que tem com sua esposa, Montag encontra a Clarisse, uma menina extrovertida que o faz repensar sobre atear fogo nos livros.
Durante a história, vemos como o governo alterou toda a história, fazendo com que os bombeiros acreditem que sua profissão sempre foi colocar fogo e queimar o conhecimento.
Com uma pegada de Divergente com Jogos Vorazes – okay, exagerei -, os leitores sobreviventes precisam viver escondidos do governo. Para não se perder o conhecimento, cada membro do grupo rebelde decora um livro do início ao fim e queima o papel, para não restar provas, e repassam o conteúdo para algum aprendiz, que repassa para outro, que repassa... Assim, cada pessoa se torna a história.
Além, é claro, dos Sabujos – cães robôs que podem guardar 1000 cheiros diferentes. Eles são treinados para executar quem for encontrado com livro, e recebem comandos de perseguir pessoas suspeitas de serem leitoras.
É um ótimo livro, me faz lembrar de épocas em que os livros eram queimados, conhecimento era – apesar de ainda ser – perigoso para o governo, histórias sendo modificadas para benefício próprio, ditadura... Enfim, Fahrenheit 451 é um clássico, todos deveriam lê-lo.
A escrita, que no começo pensei ser maçante, é bem estruturada, possui algumas palavras difíceis, mas flui bem. Os personagens são bem caracterizados, e também alienados.
Considero esse livro de cabeceira, não larguei mais depois de lido pela primeira vez. Conta com trechos marcantes, pensamentos reflexivos e uma crítica voraz. Recomendo, e muito!
“A maioria de nós não pode sair correndo por aí, falar com todo mundo, conhecer todas as cidades do mundo. Não temos tempo, dinheiro ou tantos amigos assim. As coisas que você está procurando, Montag, estão no mundo, mas a única possibilidade que o sujeito comum terá de ver, noventa e nove por cento delas está num livro.”
