A Rainha Vermelha - Victoria Aveyard
Autor: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Páginas: 419
Ano da publicação: 2015
O povo de Norta não conhece a paz. Seus habitantes de sangue vermelho estão acostumados a trabalhar para sustentar a elite prateada e a guerra que ela empreende contra os reinos vizinhos há muitos anos. Os prateados, por sua vez, são os únicos beneficiários do conforto da capital, aproveitando-se dos recursos gerados pelo trabalho vermelho e raramente dando as caras na linha de combate. Isso porque, ao contrário das pessoas comuns, eles têm poderes especiais – como manipular o fogo, controlar o clima e ler a mente dos outros.
Mare Barrow pertence a uma família vermelha que vive em Palafitas, um vilarejo muito pobre. Ao contrário de sua irmã, que aprendeu o ofício de costureira, Mare passa os dias roubando para ajudar a família: assim, por não ter uma ocupação, quando completar dezoito anos será mandada para servir o Exército. As chances de sair viva dali são mínimas, então ela passa os dias tentando encontrar um jeito de evitar esse destino.
A ajuda vem de um lugar inesperado: um encontro casual com um jovem misterioso garante a Mare um emprego como criada no palácio de verão do rei. E logo no primeiro dia ela tem de trabalhar na Prova Real, evento em que jovens prateadas representantes das Grandes Casas nobres demonstram seus poderes para serem escolhidas como próxima princesa. No meio do evento, porém, Mare sofre um acidente e o que a salva é um poder que jamais imaginou possuir – afinal, seu sangue é vermelho.
Para ocultar essa impossibilidade, o rei a obriga a assumir o papel de uma nobre prateada de uma Casa extinta. Antes presa à sua condição miserável, agora Mare está atada às intrigas da realeza e vai conhecer os dois príncipes, cujas personalidades não poderiam ser mais diferentes. Um é o herdeiro perfeito, decidido e comprometido com suas obrigações; o outro sempre fica nas sombras, tímido e reservado. Mas, como todos ali, os dois jovens escondem seus próprios segredos…
Confesso que eu estava muito curiosa para ler o livro principalmente por sua capa (coroa sangrando, fundo prateado...). A sinopse também é algo a deixar você instigado a saber o que acontece nesse futuro distópico.
Separados pela cor de sangue, os Vermelhos são aqueles que fazem os trabalhos da plebe: padeiros, faxineiros, escravos da realeza, e são punidos e menosprezados pelo líquido avermelhado de suas veias. Os Prateados ocupam altos cargos, além da própria família real de Norta e outros países. Sua palidez não deve ser subestimada: a cor prateada do sangue lhe traz poderes, seja de controlar fogo, metal ou água.
Mare é uma vermelha-ladra que tem três irmãos, que são enviados para a guerra, e uma irmã, que é uma costureira da cidade prateada. Roubar comida e outras quinquilharias com seu amigo Kilorn é parte do dia a dia de Mare, mas os dois estão se preparando para alcançar a idade em que precisarão se alistar no exército. (Senti uma pitada de Jogos Vorazes aqui: a heroína que tenta salvar quem ama, o amigo-friendzone, guerra, jogo de poder, rebelião secreta e sobrevivência)
O comecinho do livro é meio maçante, nada de bom acontece. Tudo realmente começa a dar errado - ou certo, pra quem adora reviravolta - quando Mare está servindo no evento em que o futuro rei deve escolher sua princesa apropriada - Força e Poder, palavras sagradas para os prateados (outro déjà vu aqui: A Seleção) - e acaba descobrindo que, apesar do sangue vermelho, também tem poderes - elétricos.
O rei, para esconder a verdade, inventa que Mare é filha de um prateado que morreu na guerra e foi criada por uma família de vermelhos. Então, a história se desenvolve entre Mare fingindo ser prateada e escondendo seu verdadeiro sangue, ela se envolvendo com os príncipes e o amigo-friendzone, ela se aliando aos rebeldes secretamente e tudo dando errado.
O livro é muito bom, você não cansa de ler. A trama conta com traições - e eu confesso que fiquei MUITO magoada com uma traição em particular -, disputa de poder, friendzone (odeio isso em livros), mentiras e descobertas.
"A verdade não importa. Só importa aquilo em que as pessoas acreditam."