O Substituto - David Nicholls
Autor: David Nicholls
Editora: Intrínseca
Páginas: 320
Ano da publicação: 2013
Recentemente divorciado, Stephen C. McQueen (nenhuma relação com o Steve McQueen famoso, infelizmente) tem um talento especial para a falta de sorte. Ele também tem um casamento falido, uma carreira estagnada, uma ex-mulher extremamente crítica, uma filha distante, um apartamento horrível no mais afastado subúrbio de Londres... mas todos esses elementos patéticos parecem pouco diante de seu mais novo tormento: Josh Harper, o 12º Homem Mais Sexy do Mundo.
Josh é a estrela de Louco, mau e perigoso de se conhecer, uma peça teatral sobre a vida de Lorde Byron, e Stephen é seu substituto. Não apenas lindo, famoso no mundo todo e reconhecidamente talentoso, Josh também é, além de tudo, frustrantemente saudável. Não importa quanto álcool ou drogas ingira na noite anterior, ele sempre se apresenta para o espetáculo pontualmente e bem-disposto. Stephen acha que nunca terá a chance de vestir a camisa de babados e a calça justa de Byron e pisar no palco interpretando o papel que representa a oportunidade pela qual ele sempre esperou.
E, quando parece que Stephen não pode invejar Josh ainda mais, ele conhece Nora, a espirituosa e adorável esposa do galã, e descobre que gosta dela mais do que deveria. Qualquer outro homem amaldiçoaria sua sorte ao descobrir que a mulher dos seus sonhos é casada com um rival, mas, sendo o azarado que é, Stephen não poderia esperar nada diferente. Dividido entre seus sentimentos por Nora, as exigências de um insistente e dissimulado Josh e seu desejo por uma carreira de verdade, ele precisa escolher: a garota ou a fama?
Quando li Um Dia, do mesmo autor, logo me apaixonei pelo David Nicholls. Entretanto, não gostei tanto desse livro.
Stephen é um substituto, convocado para entrar em cena caso Josh não apareça. Acontece que o gostosão nunca adoece e sempre aparece para a peça, não deixa Stephen ter sua chance.
Recém-separado, com uma filha e esposa que não acreditam em seu potencial, Stephen se afunda cada vez mais na bebida e na ilusão de um dia conseguir sua chance.
Apesar da amizade que tem com Josh, Stephen espera ansiosamente pelo dia em que seu amigo não apareça e lhe dê a oportunidade de mostrar seus talentos – que ele apenas mostra em DVDs infantis, usando fantasia de bichos – para o mundo.
Tudo piora quando ele se apaixona por Nora, a esposa desentendida e abandonada pelo marido mais sexy do mundo.
A escrita é ótima, mas o drama é meloso e previsível. Nada na vida do personagem dá certo, é só tristeza e porrada atrás de desilusões e mancadas. Não há nada pra animar o leitor.
O livro não me despertou nenhum sentimento, nem apatia nem raiva. Classificado como “engraçado”, essa narrativa não tem NADA de comédia. (Só se você rir pra não chorar)
A vida de Stephen melhora no final, mas continua consideravelmente horrível. Não é possível existir alguém tão azarado quanto esse cara.
“A vida parecia sempre melhor, mais verdadeira e mais intensa, quanto mais se parecesse à vida simulada na tela: cheia de cortes e câmera lenta, tiradas ágeis e escurecimentos significativos.”