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O lado mais sombrio - A. G. Howard


Autora: A. G. Howard

Editora: Novo Conceito

Páginas: 367

Ano da publicação: 2014

Alyssa Gardner ouve os pensamentos das plantas e animais. Por enquanto ela consegue esconder as alucinações, mas já conhece o seu destino: terminará num sanatório como sua mãe. A insanidade faz parte da família desde que a sua tataravó, Alice Liddell, falava a Lewis Carroll sobre os seus estranhos sonhos, inspirando-o a escrever o clássico Alice no País das Maravilhas.

Mas talvez ela não seja louca. E talvez as histórias de Carroll não sejam tão fantasiosas quanto possam parecer.

Para quebrar a maldição da loucura na família, Alyssa precisa entrar na toca do coelho e consertar alguns erros cometidos no País das Maravilhas, um lugar repleto de seres estranhos como intenções não reveladas. Alyssa leva consigo o seu amigo da vida real – o superprotetor Jeb -, mas, assim que a jornada começa, ela se vê dividida entre a sensatez deste e a magia perigosa e encantada de Morfeu, o seu guia no País das Maravilhas.

Já vou avisando: sou a lunática-apaixonada-psicopata por Alice no País das Maravilhas. Então, não se assustem com a minha empolgação na resenha deste livro.

Baseado na história de Lewis Carroll sobre o País das Maravilhas, O lado mais sombrio apresenta uma nova versão do mundo de Alice. É o primeiro livro de uma saga escrita por A. G. Howard, uma mulher incrível que mudou minha visão dessa história.

Alyssa é uma menina que conversa com plantas e insetos. É assim desde pequena, e sabe que essa loucura é passada de geração em geração para as mulheres de sua família. O destino final delas é o sanatório.

Na tentativa de silenciar essas vozes, Alyssa captura insetos e os usa em suas obras, espetando-os com alfinete na tela. É nessas capturas que ela encontra uma linda mariposa negra, misteriosa e linda.

Alyssa começa a enlouquecer, tendo visões e pesadelos com o País das Maravilhas e decide enfrentar sua mãe, a única que pode ajudá-la a passar por esse momento. É quando ela descobre a chave para acabar com a maldição de sua família.

Então, Alyssa encontra a toca do coelho e embarca na viagem de seu destino, sem perceber que seu – melhor – amigo Jeb caiu logo atrás dela. Os dois passam por várias provas e lugares incríveis e malucos até encontrar Morfeu, o guia deles no País das Maravilhas.

A história de Morfeu com as mulheres da família de Alyssa já é antiga, mas seu relacionamento com ela é de longe o melhor – e mais romântico. Enquanto tenta provar seu valor e destruir a maldição, Alyssa se vê presa entre um triângulo amoroso com Jeb, o superprotetor AMIGO, e Morfeu, o intraterreno mais sexy e irritante que há.

Eu amei muito essa saga, porque apresenta toda uma aventura com uma garota como protagonista, e ela é totalmente rebelde, independente, tempestuosa, louca e amorosa – seja com sua família humana ou o mundo intraterreno. Esse livro também tenta explicar como Lewis Carroll poderia ter se inspirado para a história, que Alice não foi a primeira a descobrir o mágico mundo do País das Maravilhas, que a Rainha de Copas pode ser muito pior do que conhecemos, que as rainhas nem sempre são delicadas.

A maioria dos personagens é bem gente-como-a-gente: têm momentos bons e ruins, pensamentos loucos e desejo de experimentar o novo. E é muito legal você ver como todos eles cresceram e amadureceram durante a trama, deixaram seu lado egoísta para um bem maior. Ensina também que uma promessa só pode ser quebrada se você não souber como contorná-la: é preciso usar as palavras certas para fazer um juramento, que custa a magia da sua vida.

Eu poderia escrever páginas e páginas de como A. G. Howard é incrível, como a escrita leve torna a leitura gostosa, como você fica preso na história e fica louco pra descobrir o final – e com quem Alyssa fica -, como esses personagens são insanos e estranhos comparados aos da história original, como um pouco de loucura faz bem para a alma.

Essa saga se tornou uma das minhas preferidas, e nunca me canso de reler. Além das capas serem lindas, a narrativa é simplesmente surpreendente e mágico, nunca cansando o leitor e o instigando a imaginar cada cena e cada personagem descrito.

Vou trazer as resenhas dos outros dois livros e o conto que fazem parte do maravilhoso mundo de Alyssa.

"Tapo a minha boca para abafar um grito ou riso histérico. Poderia ser qualquer um dos dois a essa altura. Estou começando a apreciar a loucura."

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